sábado, 10 de abril de 2010

Amor?

Bem... Eu criei esse blog há um bom tempo... Postei uma crônica e não mais olhei para ele...
O que vou escrever agora é algo totalmente diferente, mas estou aqui para isso mesmo.

Bem... Isso é absolutamente pessoal para ser posto em público, mas tenho que expressar o que sinto de alguma forma. Porque se eu não me expressar, tenho quase certeza de que morrerei com isso. Bem, muitos podem me chamar de sonhador, mas eu acredito no amor. E acredito na felicidade de uma vida inteira.
Mas o que faz você querer passar o resto da sua vida com uma pessoa só? A beleza? A inteligência? O caráter? O carinho? A fidelidade?
Bem... não creio que seja nada disso... O motivo é claro, há algum tempo atrás, eu realmente amei alguém de verdade. Uma pessoa simples, não tão bonita quanto algumas garotas com quem estive antes, não tão meiga quanto eu gostaria... mas mesmo assim, eu a amei com toda a força que minha alma conseguiu. Pela primeira vez, estava apaixonado. Não pensava em outras garotas, não queria outras garotas, eu só queria estar com ela... E ela dizia o mesmo.
Por que as coisas assim acabam? Não posso dizer ao certo. Mas falarei sobre o amor agora neste ensaio que escreverei a seguir.

O amor. Algo que parece um sentimento, mas não é, e essa confusão pode ser o maior erro da vida de alguém. O que na verdade é o tal amor? Creio que o amor é uma ação, uma escolha, algo que não é natural, mas provocado. É algo que pode ser a miséria da vida de alguém, mas pode ser a chave da felicidade, que tantos almejam.
Nossa natureza realista e cética nos fez acreditar que tudo que é muito bom está errado e deve ser rejeitado, mas temos que ter nosso romântico interno para nos dizer o contrário, pois até a doutrina realista prevê a felicidade eterna. Como? Simples. Definindo a vida como uma soma de possibilidades. Se existem todas as possibilidades em jogo, e as escolhas partem de você, e quase nunca do destino, para que duvidar da sua capacidade de ser feliz?
Leitor querido, devo admitir que fui deixado, largado... Mas se me arrependo de ter amado? Não. Creio que os momentos que vivi amando foram as melhores coisas que me aconteceram. Mas assim como escolhi amar, tive que apagar a chama que acendi dentro de mim, e isso foi muito difícil. Felizmente existem amores que são tão saudáveis, como o amor que tenho aos meus grandes amigos.
Sou uma pessoa equilibrada, e como Nietzche disse: um homem não deve sofrer por causa de uma mulherzinha, então nunca faria alguma besteira por isso. Mas meus amigos foram quem me levantaram nesses últimos tempos.
Então, o que tenho a dizer a todos que estão lendo isso, que não creio serem muitos, é simples:
Ame, ame intensamente, e ame como se essa fosse a sua razão de viver. Ame seu parceiro, ame seus amigos, ame aqueles que você nem conhece, ame viver, e se necessário ame morrer... Pois tudo o que descreve nossa vida é um conjunto de opções, que vai nos levar aonde quisermos.
Ame a ponto de sorrir pelo sorriso dos outros, consolar o choro dos outros e de deixar os outros fazerem isso por você, pois nenhum homem é uma engrenagem solta no grande relógio que é esse nosso mundo tão maluco.
Ame como uma criança ama a vida, ame como dois amantes se querem, ame como um pai por mais cruel que seja ama seu filho.
As pessoas não merecem ser amadas, você não merece ser amado, e eu não mereço ser amado... Mas sem esse amor, como esse mundo caótico sobreviveria? Como as pessoas se suportariam? Como cada um viveria se seu único pensamento fosse em relação a si mesmo?
Eu não sou um cara a mais pregando a paz, o que eu estou falando está na ponta da língua de cada ser humano. Só falta alguém para começar a expressar isso.
Não seja Buda, não seja Gandhi. Seja apenas você, seja um ser humano. Proteja os outros, eles não valem menos do que você.
Independente do que tenham te feito, apenas esteja sempre apaixonado por todos. Pois isso vai definir a sua felicidade

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Incentivo à Mediocridade

Os jovens de hoje são mais inteligentes, mais maduros, inclusive têm preocupações muito importantes: sair pro shopping, contar o número de ficantes durante uma balada, encher a cara, colar em uma prova de faculdade... inclusive, gostaria de comentar este último ponto com uma história.
No meio do almoço em um restaurante (ou algo que serve alguma coisa parecida com comida), um estudante de Medicina sái comentando com o colega após uma prova, as palavras mais comuns de estudantes: "Meu, hoje eu colei pra caralho nessa prova... Aposto que vou tirar uma nota foda". E essa situação atiçou um pouco meu pensamento. Esse cara não vai ser meu médico... Mas, e se for? Que tipo de adultos nós estamos formando? Que tipo de pessoa vai governar a nossa sociedade nos dias vindouros? Hoje erra uma questão na prova, e amanhã erra um transplante de coração. Caro leitor, já chegou a ocorrer em sua cabeça que essas cabeças-de-vento vão ser o nosso futuro?
Será que essa mediocridade vem realmente dos jovens? Na minha sincera opinião, eles são os menos culpados nessa história inteira.
Vamos começar uma reflexão baseando na definição de escola. Escola na antiguidade era o lugar aonde os gregos interessados se reuniam para trocar informações e aprender coisas novas, ideias novas, expandir os horizontes... Amigo, consegue enxergar a diferença? Se ainda não, deixe-me ajudar um pouco, a chave está na palavra "interessados". Se eu perguntasse para algum filósofo da antigüidade por que ele freqüentava a escola, ele diria: "porque eu quero aprender coisas novas" ou até "porque eu quero descobrir coisas sobre o mundo". Se eu fizer a mesma pergunta para um jovem hoje ele me responderá provavelmente "para passar no vestibular" ou "porque meus pais querem". Eu ainda crio coragem e faço mais uma pergunta: "para que você quer passar no vestibular?", e mais uma vez eu escuto uma resposta clichê: "para me formar, ter um bom emprego e dinheiro". O que antes era usado como instrumento para satisfação da fome de conhecimento, hoje é quase um instrumento de tortura que a pessoa sofre durante a vida inteira até começar a trabalhar em algo que ela não quer e morrer amargurada com os sonhos frustrados. A escola é um produto, algo que os pais compram na esperança de conseguir colocar alguma coisa na cabeça dos filhos, que vão para a mesma sem nenhuma vontade. Ao chegar nela, logo se deparam com algo chamado prova, e com essa prova, algo chamado média. Vamos nos colocar na cabeça da infeliz criança: "Eu tenho uma nota máxima de 10, mas preciso só de 5 para passar, pra que diabos eu vou estudar para tirar 10?". Você pode notar que o pensamento é bem lógico, mas ele contém uma falha, algo que a criança não percebe: ela não deveria estar estudando para passar na prova. Entenderam qual foi a mudança de foco? Mas ainda tem outro fator além da mudança de foco, a escola força o estudante a ser medíocre. Deixe-me comentar uma experiência minha que ocorreu já faz algum tempo.
Eu não gosto de escola e nem de ficar estudando tantas coisas inúteis, mas infelizmente nasci dotado de um certo talento para ciências exatas, e com um certo interesse pela área. Lembro de uma situação, durante uma aula de matemática, aonde eu estava fazendo um estudozinho sobre álgebra linear, quando o professor interrompeu minha concentração e perguntou o que eu estava fazendo. Respondi prontamente, claro. Mas para a minha surpresa ele amassou minhas folhas de papel e me disse uma frase parecida com isso: "se não quiser copiar minha aula, sem problemas, mas nada de fazer outra coisa". Eu, com meu senso de humor sempre sarcástico falei bem alto, para todos ouvirem: "viu gente... matemática, não pode".
Apesar das risadas, eu realmente falei sério... É impossível, quando algum aluno cria interesse real pela área, não pode desenvolver isso porque o sistema não deixa.
As pessoas tem que ir atrás do conhecimento, o conhecimento não é uma vacina que você pode sair aplicando em todo mundo... Todos têm seus talentos individuais, não são só pessoas que sabem resolver uma integral tripla de cabeça que são inteligentes, se a pessoa é boa em esportes, criativa, faz arte... Ela tem um dom... Mas este é o ponto que eu queria chegar, a sociedade está vetando tudo isso.